Medindo o impacto da diversidade: KPIs e métricas essenciais para empresas

04/11/2024
• Atualizado em 23/09/2025
Grupo de profissionais trabalhando com notebook e papéis em um ambiente de escritório
Mensurar ações de diversidade é o caminho para a inclusão


Os KPIs (Key Performance Indicators) são utilizados para medir uma série de dados nas empresas, incluindo o impacto da diversidade dentro dos ambientes corporativos e seus reflexos no mercado.

Muito se fala sobre diversidade, mas é necessário que os dados sobre o tema sejam compilados e medidos para que seja possível criar medidas de inclusão que deem suporte aos pilares da diversidade.

Neste artigo, vamos tratar da importância dos dados para o melhor desenvolvimento das práticas de diversidade e inclusão, identificar os principais indicadores utilizados e explicar, de forma mais abrangente, a importância da diversidade nas empresas.

Qual a importância da diversidade nas empresas?

A diversidade nas empresas é capaz de gerar ideias inovadoras e abranger diferentes pontos de vista e vivências, o que pode contribuir para resultados mais positivos na solução de problemas ou mesmo nas tarefas diárias.

Embora a diversidade seja amplamente discutida dentro e fora dos ambientes corporativos, é necessário ressaltar que, mesmo que uma empresa já tenha integrantes de diversas culturas, etnias, gêneros, idades, raças e orientações sexuais, a questão da inclusão vai além de simplesmente recrutar colaboradores de grupos diversos.

É fundamental que os empresários compreendam que equipes diversas podem produzir resultados muito mais eficientes do que grupos homogêneos. Portanto, além de contratar uma força de trabalho diversa, é essencial proporcionar um ambiente onde a inclusão seja constante, as oportunidades sejam justas  e todos tenham a chance de expressar suas opiniões. 

Por que medir a diversidade nas empresas?

Sempre mencionamos a importância de incluir diferentes perfis  dentro das empresas, mas ainda existem determinados grupos com baixa representatividade em ambientes organizacionais. Isso impede a troca de experiências entre profissionais com trajetórias e perspectivas variadas. 

Mesmo em ambientes onde é possível encontrar pessoas colaboradoras diversas, nem sempre as chances de desenvolvimento e crescimento na carreira são justas para todos. Isso demonstra que, por mais que a empresa esteja investindo em diversidade, ainda há um longo caminho a ser percorrido.

Por isso, é tão importante medir a diversidade nas empresas, utilizando  métricas e KPIs que apresentem resultados concretos.  Assim,  é possível identificar as áreas que precisam de melhorias para  transformar esses ambientes corporativos em espaços inclusivos, onde haja diversidade e todos possam contribuir e prosperar.

Como mensurar indicadores para a diversidade na sua empresa?

Para que a diversidade seja plenamente explorada, é necessário determinar quais indicadores são mais adequados para medir essa diversidade dentro da realidade da sua empresa.

Existem diferentes tipos de métricas, e a liderança  deve definir quais aspectos são considerados mais relevantes para identificar as lacunas que precisam ser preenchidas e, assim, obter os indicadores apropriados.

A escolha das métricas deve estar alinhada com a liderança, pois seus resultados são extremamente importantes e, para isso, é essencial que todas as equipes estejam engajadas no processo de medição.

Com os resultados desses indicadores, será possível determinar o curso das ações a serem tomadas. Também é possível verificar o retorno financeiro do investimento em diversidade, garantindo assim mais recursos para continuar essa iniciativa.

Acesse gratuitamente a calculadora de diversidade.

Quais são as métricas e os KPIs de diversidade para você medir e acompanhar na sua empresa?

Para entender a situação da implementação da diversidade na sua empresa, vamos apresentar alguns tipos de indicadores que podem ser utilizados para obter respostas e realizar avaliações posteriores:

Recrutamento e seleção 

O principal meio de obter uma equipe diversa é por meio  dos processos de recrutamento e seleção de novos talentos. Para isso, é preciso avaliar alguns dados, como:

    • Índice de diversidade das pessoas que se candidataram às vagas em aberto

    • Índice de pessoas diversas contratadas em cada processo seletivo

    • Tempo médio de contratação de pessoas diversas

    • Taxa de permanência de pessoas colaboradoras diversas após um ano de contratação.

Vale a pena ressaltar que não é só a contratação de candidatos diversos que é importante, mas também  o tempo que eles permanecem na equipe e as chances que são oferecidas a eles.

Demografia das equipes

Para começar, é necessário realizar  um estudo sobre as pessoas colaboradoras e identificar  quais grupos elas pertencem. Podemos fazer as seguintes análises:

    • Relação entre colaboradores de diferentes grupos étnicos e os seus locais de origem

    • Relação entre diferentes raças

    • Relação entre as diversas faixas etárias

    • Relação entre os gêneros dos funcionários

    • Qualificação, experiência e habilidade dos funcionários

Cada empresa pode identificar internamente quais grupos precisam ser medidos, de acordo com sua própria realidade.

Equidade salarial

Outro item a ser medido é a equidade salarial entre os membros das equipes. É preciso analisar os cargos e salários correspondentes e reavaliar as disparidades. É fundamental que todos os membros que ocupam os mesmos cargos e possuem as mesmas qualificações tenham condições salariais correspondentes, considerando tempo de casa e experiência profissional.

Medir essas condições é essencial para que sejam tomadas atitudes que promovam a equidade salarial, garantindo que a empresa possa gerir e reter seus talentos de maneira eficiente, reduzindo o turnover e fortalecendo as equipes.

Remuneração e benefícios

Assim como na questão da equidade salarial, é necessário avaliar de forma analítica a política de remuneração e benefícios da empresa. Verifique se há disparidade entre os grupos minorizados e os demais colaboradores.

Avalie se colaboradores de diferentes gêneros, grupos étnicos, raças e faixas etárias recebem as mesmas condições de remuneração e participam dos programas de benefícios de forma equitativa.

Acessibilidade na empresa

Outra verificação importante refere-se à acessibilidade dentro do ambiente corporativo, não apenas no que diz respeito ao deslocamento, mas também às condições equitativas para grupos minorizados e demais colaboradores.

Devem ser medidas as taxas de acessibilidade nas instalações da empresa e os índices de modificações feitas no layout para colaboradores com deficiência.

Aumento da produtividade

Para as empresas, essa é uma das métricas mais importantes, pois permite avaliar o sucesso dos investimentos em diversidade e inclusão, refletido no aumento da produtividade e nos resultados financeiros. É importante verificar os seguintes dados:

    • Posicionamento da empresa perante o mercado

    • Selos de qualidade obtidos pela empresa

    • Índice de desenvolvimento da empresa

Se for observado um crescimento da empresa após a implementação de políticas inclusivas de diversidade, isso indica que as estratégias estão sendo eficientes e que a diversidade está gerando um impacto positivo.

Empresas que implementaram práticas de diversidade com sucesso 

Felizmente, há empresas que já aderiram ao modelo de diversidade e inclusão em suas equipes e obtiveram sucesso.

O Hospital Albert Einstein, por exemplo, realizou um projeto de capacitação de pessoas refugiadas e migrantes na área de análise de dados, em parceria com a Toti Diversidade. Além de fornecer qualificação técnica gratuita para esses indivíduos, a empresa também contratou muitos dos participantes do projeto para aumentar a diversidade de suas equipes e reduzir o turnover do setor. 

Outro exemplo significativo é o Grupo Globo, que, também em parceria com a Toti, realiza contratações focadas em pessoas de grupos minorizados para compor suas equipes. 

A Natura é outra empresa que se destaca na inclusão, com 62% de mulheres em seu quadro de funcionários e 56% dos cargos de liderança ocupados por elas, segundo o blog da Gupy.

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