Como disputar talentos de tecnologia com empresas estrangeiras e brasileiras

02/05/2023
• Atualizado em 05/11/2024

Com o surgimento de mais oportunidades no modelo remoto e a alta demanda de talentos de tecnologia, as empresas passaram a buscar profissionais em qualquer lugar do mundo. 

O problema é que companhias brasileiras agora estão disputando esses profissionais com empresas estrangeiras, que, geralmente, pagam em dólar ou euro. 

Isso fez com que a concorrência, que já era acirrada no mercado nacional, aumentasse ainda mais. 

Os desafios do recrutamento e da retenção de talentos de tecnologia

Para Tatiane Cabral, coordenadora de atração e seleção do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos principais desafios do recrutamento de talentos de tecnologia é a competição acirrada entre empresas de diferentes segmentos que buscam o mesmo perfil profissional.

Karen Erlach, tech recruiter da ZRP, também destaca a dificuldade de encontrar trabalhadores seniores.

Somado a isso, muitos deles optam por atuar em companhias estrangeiras atraídos pelas possibilidades de morar em um novo país e construir uma carreira internacional.

4 ações que a sua empresa pode adotar para atrair e reter talentos de tecnologia

Conheça algumas estratégias do Hospital Israelita Albert Einstein e da ZRP

Elaborar um plano de carreira claro

É importante que os colaboradores saibam o que precisam fazer para crescer dentro da empresa. Tatiane salienta que é ideal que o plano de carreira englobe diversas possibilidades. 

“Aqui no Einstein, por exemplo, temos uma área de ensino no qual os colaboradores podem dar aula, além de um setor de consultoria no qual ajudamos empresas a implantar áreas específicas. Acredito que essa possibilidade de fazer coisas distintas dentro de uma mesma organização é algo positivo”, afirma.

Mulher sentada mexendo em um notebook. Seu nome é Giselle Cordoné, é argentina e desenvolvedora formada pela Toti. É um dos nossos talentos de tecnologia.

 

Giselle Cordoné, desenvolvedora formada pela Toti

Investir em capacitação profissional

Com a crescente concorrência por profissionais experientes, uma excelente opção pode ser investir na capacitação de profissionais em início de carreira. É necessário lembrar que não são todos os casos em que um júnior poderá se adequar a vaga, porém, se a equipe já tiver um especialista, contratar um candidato com menos experiência pode ser uma boa escolha para fornecer esse suporte adicional. 

“Aqui na ZRP temos um programa de estágio que visa justamente isso: capacitar desde os primórdios o(a) profissional a fim de que ele(a) seja um(a) desenvolvedor(a) monstro!”, comenta Karen, empolgada.  

Segundo Tatiana, investir na educação é uma das ações que o Hospital Israelita Albert Einstein aplica para recrutar talentos de tecnologia. “Nossa principal estratégia é trabalhar com programas de formação focados em pessoas em situação de alta vulnerabilidade, assim entendemos que impactamos de fato pessoas que precisam de uma oportunidade, e,  consequentemente, essas pessoas tendem a ficar na instituição pela gratidão e oportunidade de desenvolvimento que foi dada”, diz.


Você sabia que a Toti desenvolveu um programa de formação de talentos para o Hospital Israelita Albert Einstein? Clique aqui e veja como fazer um para sua empresa também.


Oferecer benefícios

Além de uma remuneração compatível com o mercado, Karen explica que políticas de flexibilidade de trabalho, incentivo a alta performance e capacitação contínua são peças-chave para atrair e reter pessoas. 

“As empresas devem gerar fatores motivacionais nos candidatos para que eles enxerguem valor no pacote de benefícios, que pode contemplar plano de saúde, day off e outros incentivos. Essas vantagens, em conjunto com a possibilidade de crescimento dentro da organização, podem trazer mais felicidade do que somente ter uma remuneração em dólar ou euro”, explica.

Apostar na diversidade

Quando a empresa promove ações de diversidade, ela passa uma mensagem clara de que valoriza diferentes perspectivas, o que pode atrair pessoas qualificadas de diversas idades, raças, sexos, culturas e origens. 

“Nos processos seletivos, cada vez mais as pessoas têm perguntado se existe política de diversidade e quando explicamos sobre isso tendem a se animar e aceitar a proposta justamente por esse ponto”, declara Tatiane.

“A diversidade e a inclusão também são fatores que agregam para a construção de um ambiente mais saudável e criativo”, acrescenta Karen.

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